Breakfast at 10

Outra cultura nacional e o cafe da manha com amigos. E eu adoro essa parte! Aos fins de semana todos os cafes ficam lotados. O breakfast e daquele jeito meio americano. O famoso Big Breakfast e bacon, ovos (mexido, frito ou pouche), salsicha (terrivel), hashbrown (e um "hamburger" de batata frito.. super saudavel) e torrada. Ou voce pode optar pelo Vegetarian: ovos, cogumelos, espinafre, feijao (!!!) e torrada. E ate que eh bom. Eu ainda prefiro o Eggs Benedict, que e um paozinho fofo dividido em 2 partes, onde se coloca presunto, ovo poache e hollandaise sauce. Ou simplesmente um sourdough (tipo pao italiano) toast com ovo mexido.
Nao tem pao frances, nem requeijao e nem queijo minas frescal. E isso faz falta!

Flat White, Latte, Capuccino, Mocha, Hot Chocolate, Long Black, Short Black, Macchiato, EBT, EGT

Café é cultura nacional aqui. E eu só aprendi isso quando comecei a trabalhar de waitress. Com todos os tipos diferentes de café levei um tempinho pra entender o que era o que.

Bom, Flat White e Latte são o cafe com leite, só que um tem espuma e o outro não, normalmente um vem na xícara e o outro no copo. Capuccino ( ou Cap para íntimos) é o café com leite com espuma e chocolate polvilhado por cima. Eu sempre achei que Capuccino era café com chocolate. Não aqui. Aqui café com chocolate é o Mocha. Long black como diz o nome e o café preto aguado, uma xicara grande, horrível. Short black é o expresso, mas aqui é bem short. Macchiato é o preto com espuminha. EBT é o English Breakfast Tea e EGT o Earl Grey. Ah.. e eles tomam café com leite junto do almoço e do jantar também. Esse hábito eu ainda nao peguei, mas ja estou viciada no Mocha, tomo quase todo dia lá pelas 3 da tarde.

Humm.. can I please have a weak decaf soy latte extra hot with a lot of froth??
Are you kidding me?? O que aconteceu com o pingado??

History on The Rocks

The Rocks e o lugar que eu mais gosto aqui. E um bairro que fica na city, de frente para a Opera House, do outro lado do Circular Quay. E a regiao mais antiga da cidade, com vielas de paralelepipedo, pubs, bares, restaurantes, lojas e galerias de arte. Foi aqui tambem que eu estudei design de interiores. Lembra um pouco a Europa, com os predios em terracota. E eu adoro o nome.. parece perfeito pra tomar um whisky on the rocks. Mas whisky nao e a bebida preferida aqui e sim a cerveja, claro, a champagne ou uma taca de chardonnay.

Quando ando por estas ruas gosto de imaginar as gangues que aqui viviam desde a chegada dos Europeus em 1800 ate 1900. Era uma area bem perigosa naquela epoca, do lado do porto, suja, com frequentes brigas e mortes. Os primeiros Europeus a chegarem aqui eram criminosos e esse era o lugar mais perigoso, entao imaginem. Em 1902 ele estava tomado pela peste bubonica, e o governo comprou toda a area e fez uma limpeza. La ele achou: 2,524 ratos, 1068 gatos, 3 cangurus, 162 coelhos, 2 tubaroes e muita carne e peixe estragados.

Hoje e um lugar cultural, que mostra toda essa historia e abriga o Museu de Arte Contemporanea entre outros. Em novembro tem musica ao vivo toda sexta a noite. Em junho o Aroma Cafe Festival.

E aqui que esta o The Argyle tambem, um bar bem legal que foi construido no lugar de uma especie de mercado central de 1800, preservando a heranca arquitetonica.

Trombei de novo

Como diz o Nick, um amigo australiano, Sydney é uma das cidades do mundo onde mais se tromba. E é verdade.

Assim como no transito - eles dirigem do lado direito - para pedestres as regras são as mesmas, ultrapassagem pelo lado direito, manter a esquerda nas escadas e escadas rolantes, etc. Mas por ser uma cidade com pessoas do mundo todo, isso muitas vezes nao parece ser tão facil. Se voce está em uma rua com grande concentração de pessoas, ou no tunel da estação central, isso nao é um problema, ande com o fluxo e o fluxo é grande.. mas tente em uma calçada vazia ir de encontro a um passante.. é trombada na certa, ou você, com seu habito arraigado vai desviar pro lado errado, ou ele vai.. nao tem como escapar, aquela sambadinha vai sempre existir!

Cidade de contrastes

Que fique claro, quando digo que é uma cidade de contrastes, nao é nem de perto o que entendemos pelos contrastes de São Paulo ou Rio. Nao ha pobreza em Sydney. E uma cidade extremamente limpa com pessoas bonitas e bem cuidadas.

Mas os contrastes existem: Povos. Sydney é uma cidade bem cosmopolita, com pessoas do mundo todo mas principalmente asiaticos: hindus, tailandeses, chineses, coreanos, filipinos, etc.

Arquitetura. O Novo convivendo com o Antigo em perfeita harmonia. A Australia é um pais novo. Os primeiros Europeus chegaram aqui no finalzinho de 1700. Sydney e uma cidade moderna, mas com uma enorme influencia Art Deco e Vitoriana. Tem bairros inteiros com casinhas geminadas vitorianas, com grades de ferro rendadas nas varandas, lindas! Outros so Art Deco, eu mesma moro num apartamento Art Deco. Mas é na city que os contrastes sao mais evidentes, porque é la que se concentram os predios modernos que formam o Skyline, junto com a Opera House, lado a lado com construcoes lindas de 1800, bares, museus, shoppings, etc.

Foto: O Queen Victoria Building (QVB) é um shopping.

Todos os caminhos levam a Opera

Nao tem como falar de Sydney sem falar da Opera. Este ícone australiano é tão ou mais impressionante ao vivo do que nas fotos e, claro, o primeiro lugar que quis ver aqui, tomando uma champagne do outro lado do harbour. Ela esta localizada no lugar mais central de Sydney, o Circular Quay (mas os australianos falam Circular "Key"), ao lado do porto de onde saem ferrys para todo lugar. Uns dizem que ela foi inspirada nas velas de um barco, o que faz muito sentido se contar que os veleiros fazem parte desta paisagem. Outros dizem que seu arquiteto Jorn Utzon (que acabou de falecer aos 90 anos) estava comendo uma laranja em gomos quando teve a inspiração do projeto. Seja la qual for a verdadeira historia a Opera House e suas diferentes camadas foram um conjunto impresssionante de qualquer lado que você a vê. Mas o que me chama muito a atenção nela sao os azulejos que a revestem, eles sao absolutamente trabalhados em tamanhos diferentes.. para acompanhar o formato da concha. É um detalhe que se nao estivesse la, nao haveria nenhuma diferença na historia dessa contrução, mas está. Cada milimetro deste projeto foi pensado. Apesar de toda a exuberancia, a Opera nao reina sozinha no Harbour.. bem na sua frente, talvez para torná-la um pouco humilde está a Harbour Bridge.

O interior da Opera é toda uma outra história que será contada uma outra hora.

Começando do começo

Minha inspiração para esse blog foi o blog da Tati, Tati and the City, que achei uma delicia! Eu sei Tati, ninguem precisa de mais um blog.. mas vendo o seu me dei conta de que há quase dois anos em Sydney, nunca havia parado para pensar essa cidade, muito menos falar dela para os meus amigos.. umas fotos aqui outras acola mais ligadas ao meu dia-a-dia ou festas e encontros com amigos.. mas a verdade é que me apaixonei por Sydney desde o começo e nem sabia o porque.

O nome Sydney Blue Sydney apareceu porque Sydney é azul.. tem que ser.. se não está, está feia.. ela é assim, linda quando o céu esta limpo e azul e refletido em todos os seus canais. E isso eu constatei nos primeiros meses aqui, quando o Baiano me fez essa simples pergunta.. Que cor é Sydney?.. e sem pestanejar falei: É azul. Definitely!